Chegou a época da vindima.
Por esta altura, as encostas ficam cheias de gente para colher as uvas. Mas a vindima não é apenas a colheita da uva. Tal como diz o provérbio, é até ao lavar dos cestos, e isso inclui levá-las até aos lagares para fazer o vinho.
Deixo aqui mais alguns provérbios e que têm relação com esta época.
PROVÉRBIOS LIGADOS AO VINHO
Ao teu amigo e ao teu vizinho o teu melhor pão e o melhor vinho.
Quem tem bom vinho tem bons amigos.
Vinho e amigo, o mais antigo.
Vinho e medo descobrem o segredo.
Vinho doce bebe-se como se nada fosse.
Se queres o velho menino, dá-lhe doce e vinho.
Quem na sopa deita vinho de velho se faz menino.
Antes da sopa, molha-se a boca.
Ao meio da sopa, lava-se a boca.
Sopa acabada, boca molhada.
Se queres andar bem disposto, bebe vinho, mas não mosto.
Por cima de melão, vinho de tostão.
Por cima de pêras, vinho bebas e tanto bebas que nadem as pêras.
Ao figo água, à pêra vinho.
Pão com olhos, queijo sem olhos e vinho que salte aos olhos.
Nem vinho sem Cristo nascer nem laranja sem Cristo morrer.
Quem não gosta de vinho não gosta de Deus.
Quem vai à adega e não bebe é ronda que perde.
Meia vida é a candeia, e o vinho a outra meia.
Alho e vinho puro levam a porto seguro.
Alegrai-vos, tripas, que ai vem o vinho.
Nem Inverno sem capa nem Verão sem cabaça.
Nuns lados se põe o ramo e noutros se bebe o vinho.
Vinho e mouro são um tesouro.
O vinho de Março fica no regaço, o de Abril vai ao barril, o de Maio é para o gaio.
Maio frio e Junho quente: bom pão e vinho valente.
Chuva por Santo Agostinho, é como se chovesse vinho.
Chuva pelo S. João, bebe o vinho e come o pão.
Até S. Pedro (29.6), tem o vinho medo.
Pelo S. Tiago, pinta o bago.
O S. Tiaguinho traz sempre o cabacinho.
Pelo S. Lourenço, vai à vinha e enche o lenço.
No dia de S. Martinho, fura-se o pipinho, mas quem for honrado já o deve ter furado.
Depois de S. Martinho, bebe o vinho e deixa a água para o moinho.
No dia de S. Martinho, assa as castanhas e molha-as com vinho.
Pelo S. Martinho, todo o mosto é bom vinho.
Leite e vinho fazem o velho menino.
Azeite de cima, vinho do meio, mel do fundo.
Vinho que baste, carne que farte.
Vinho pela cor, pão pelo sabor.
Mais pessoas se afogam no copo do que no mar.
Onde alhos há, vinho haverá.
Tonel mal lavado: vinho estragado.
Nunca ao bêbedo faltou vinho nem à fiandeira linho.
Bom vinho: má cabeça.
Conselho de vinho faz errar o caminho.
Foge do mau vizinho e do excesso de vinho.
Quem do vinho é amigo cedo está perdido.
Quem do vinho é amigo de si é inimigo.
Quem muito bebe tarde ou nunca paga o que deve.
Ninguém se embebeda com vinho da sua adega.
Quem de vinho fala sede tem.
Mel novo e vinho velho.
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